terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

8h20 da manhã.




Hoje saí de casa atrasada. Pelo caminho, já no carro (onde costumo ir completamente a dormir ao ponto de nao ouvir nem ver ninguém), naquela rotunda onde não costuma passar quase ninguém, especialmente áquela hora da manhã, vejo o pai dele. Sabes aquela imagem em câmara lenta, como nos filmes? Foi exactamente assim que aconteceu... Só esteve dois segundos à minha frente, mas pareceram aí uns dez minutos. É impressionante... não era ele, era só o pai. E logo eu que nunca falei com o pai dele. Como é possivel me ter perturbado tanto? Não sei, só sei que pensei bastante nisto ao longo de todo o dia. Mas aí está... penso em quê? no que construimos? No que fomos e no que não fomos? No que deveriamos ter sido um para o outro? No que deixamos para trás por orgulho ou por preconceito? Eu penso nos meus erros, deito-me, acordo e envolvo-me com eles todas as noites. Porque os meus únicos erros foram contigo, e já não foram poucos. Mas eu sei e tu também sabes que não existe culpa, existe destino e eu acredito nele.



2 comentários:

  1. A vida deu-nos muito pouco, tirou.nos demasiado. Não calcularei o futuro, nem o presente. Só sabemos o passado e mesmo assim não o percebemos muito bem, o que falhou, o que acertamos, o que demos ou não demos, ou deveríamos ter dado.
    Vou deixar de fazer promessas, porque não sei se as posso cumprir, nem tu sabes, não sabemos.
    Neste momentos as coisas vão andando, mas mesmo assim tenho medo. Medo de me magoar de novo, de estragar tudo outra vez, de que morras dentro de mim, ou de que não morras cá dentro e não correspondas. Neste momento há apenas um compromisso de amizade. Quanto ao resto não me vou deixar prender. Hoje reflicto e vejo que há coisas que mudaram. A chama já não é a mesma, o amor vai morrendo...não sei se será bom ou será mau, diz.me tu.

    Hugo Rajão

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