segunda-feira, 22 de junho de 2009



Ela saiu, observou atentamente tudo que se passava à sua volta,bateu a porta nas suas costas, respirou bem fundo três vezes e inclinou-se para a frente. deu um passo, e dois, três... caminhou pela rua fora com os seus pés de lã, a saia cor de cereja dançava com o vento e ao som da música de um acordeão na esquina do café. continuou, andou, andou, andou, o cabelo agitado e as maças do rosto cor-de-rosa, as mãos abertas e os dedos curvados numa tentativa de roubar todo aquele ar para si, os olhos fechados e um sorriso tímido... corria agora pela rua abaixo, numa leveza e alegria invejaveis. olhou o céu, parou. contiunuou o seu caminho, colheu uma flor, cheirou-a, apertou-a com força na mão e depois contra o peito. bem devagarinho a mão foi cedendo e as pétalas cairam uma a uma... sorriu num jeito infantil e apaixonado, continuou o seu caminho. Descobriu o mundo, nunca mais voltou.