segunda-feira, 22 de junho de 2009
Ela saiu, observou atentamente tudo que se passava à sua volta,bateu a porta nas suas costas, respirou bem fundo três vezes e inclinou-se para a frente. deu um passo, e dois, três... caminhou pela rua fora com os seus pés de lã, a saia cor de cereja dançava com o vento e ao som da música de um acordeão na esquina do café. continuou, andou, andou, andou, o cabelo agitado e as maças do rosto cor-de-rosa, as mãos abertas e os dedos curvados numa tentativa de roubar todo aquele ar para si, os olhos fechados e um sorriso tímido... corria agora pela rua abaixo, numa leveza e alegria invejaveis. olhou o céu, parou. contiunuou o seu caminho, colheu uma flor, cheirou-a, apertou-a com força na mão e depois contra o peito. bem devagarinho a mão foi cedendo e as pétalas cairam uma a uma... sorriu num jeito infantil e apaixonado, continuou o seu caminho. Descobriu o mundo, nunca mais voltou.
quinta-feira, 9 de abril de 2009
Whatever Lola wants
Lola gets
And little man, little Lola wants you
Amke up your mind to have no regrets
Recline yourself, resign yourself, you're through
I always get what I aim for
And your heart'n soul is what I came for
Whatever Lola wants
Lola gets,
Take off your coat
Don't you know you can't win?
You're no exception to the rule,
I'm irresistible, you fool, give in!...Give in!...Give in!
Whatever Lola Wants - Ella Fitzgerald
Lola gets
And little man, little Lola wants you
Amke up your mind to have no regrets
Recline yourself, resign yourself, you're through
I always get what I aim for
And your heart'n soul is what I came for
Whatever Lola wants
Lola gets,
Take off your coat
Don't you know you can't win?
You're no exception to the rule,
I'm irresistible, you fool, give in!...Give in!...Give in!
Whatever Lola Wants - Ella Fitzgerald
quarta-feira, 8 de abril de 2009
Na terra dos sonhos podes ser quem tu és, agarras-te à hora em que o tempo não passou e juntos inscrevemos no espaço um novo alfabeto. Já passaram mil anos sobre o nosso encontro, mas o tempo não sabe nada, o tempo não tem razão, porque não há passos divergentes para quem se quer encontrar e enquanto houver estradas para andar, a gente vai continuar. E mesmo que me tenhas ensinado a partir nalguma noite triste, eu ensinei-te a chegar e pus-te a salvo para além da loucura e ensinei-te a não esquecer que o meu amor existe.
Margarida Rebelo Pinto
quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009
terça-feira, 10 de fevereiro de 2009
8h20 da manhã.
Hoje saí de casa atrasada. Pelo caminho, já no carro (onde costumo ir completamente a dormir ao ponto de nao ouvir nem ver ninguém), naquela rotunda onde não costuma passar quase ninguém, especialmente áquela hora da manhã, vejo o pai dele. Sabes aquela imagem em câmara lenta, como nos filmes? Foi exactamente assim que aconteceu... Só esteve dois segundos à minha frente, mas pareceram aí uns dez minutos. É impressionante... não era ele, era só o pai. E logo eu que nunca falei com o pai dele. Como é possivel me ter perturbado tanto? Não sei, só sei que pensei bastante nisto ao longo de todo o dia. Mas aí está... penso em quê? no que construimos? No que fomos e no que não fomos? No que deveriamos ter sido um para o outro? No que deixamos para trás por orgulho ou por preconceito? Eu penso nos meus erros, deito-me, acordo e envolvo-me com eles todas as noites. Porque os meus únicos erros foram contigo, e já não foram poucos. Mas eu sei e tu também sabes que não existe culpa, existe destino e eu acredito nele.
segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009
Para os monstros não há regras nem limites, só há desejos e obsessões, para os monstros os outros não existem porque só servem para os servir. Mas, sabes, os monstros podem nascer com todos os atributos e qualidades, podem ter o mais belo e azul olhar, a expressão mais casta e pura, as mãos mais macias e perfeitas, o sorriso mais cândido e a voz mais bela, mas nasceram sem coração e nem mesmo quando passam a vida a roubar e a destruir o coração dos outros, jamais saberão o que é ter um. E é por isso que nunca serão pessoas. E é por isso que são tão infelizes."
Margarida Rebelo Pinto. -"Artista de circo"
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